Espiral Negra começa reafirmando heranças do passado
Com o tema Ancestralidade do Barro: Cangomas do Afrodescendente, o curso Espiral Negra começou em grande estilo na sede da Comunidade Cultural Quilombaque, em Perus, com sala lotada e experiências marcantes. Antes de manusear a argila, o professor da Faculdade de Educação da USP Marcos Ferreira Santos (músico e arte-educador), fez os alunos desmancharem o estilo militar das cadeiras enfileiradas e colocou todos pra se libertar e se alongar por meio da dança.
Em seguida, veio o relaxamento com uma música tranquilizadora e respiração compassada. Os participantes foram convidados a imaginar um lugar ideal onde cada um gostaria de estar e visualizar algum objeto que chamasse atenção nesta viagem mental. Logo após o exercício, todos transpuseram para o barro - a argila - suas visões. E a explicacão sobre os elementos água, fogo, ar e terra presentes nas imagens criadas pelos alunos, além da contextualização da mitologia africana - como a criação do homem pelo ferreiro Ogum - completou a belíssima aula de estreia do curso.
Apesar das referências ao candomblé, o professor Marcos Ferreira tratou de esclarecer que o objetivo da aula era mostrar como as nossas forças e energias internas podem interagir e mudar a realidade de nossas comunidades, e que estamos num momento muito mais de anúncio (atitudes e ações) do que de denúncia.
Confira abaixo as fotos do primeiro encontro do Espiral Negra. Lembrete: todas as vagas estão preenchidas e os alunos devem participar de todos os outros cinco encontros, de acordo com o compromisso firmado na ficha de inscrição.
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