Carlos Subuhana ilustra cultura e costumes do país
A tradição oral é um dos pilares mais fortes da cultura africana e serve como base até hoje para as diversas formas de arte nos países daquele continente, como a literatura e o cinema. Com o tema "Ndano: As Veredas da Palavra nas Rodas, no Papel e no Cinema em Moçambique", o moçambicano antropólogo e contador de estórias Carlos Subuhana ilustrou os principais costumes do país, incluindo os mais diferentes e inusitados, como os ritos de iniciação no norte de Moçambique, nos quais o prepúcio do homem é cortado para simbolizar a passagem para a vida adulta, enquanto que o clitóris da mulher é alongado.
Outros temas também foram abordados, como a colonização européia, a guerra civil, o movimento de independência, o socialismo e as religiões, como o islamismo. Ao final da aula, Subuhana explicitou ainda mais a tradição oral de Moçambique e contou diversas estórias, sempre com um conceito moral com o objetivo de melhorar o ser humano e a sociedade. Destaque para os contos "O Morcego e o Galo" (não procure imitar os outros sem saber fazer) e "A Tola Hiena" (quem tudo quer, nada tem).
E ainda teve a exibição de filme que apresenta quatro amigas moçambicanas na fase da adolescência. A obra mostra o costume de se fazer uma roda e ficar contando muitas estórias, sobretudo sobre o dia-a-dia, por horas a fio. No filme, as meninas conversam sobre diversos assuntos e são guiadas por trechos de uma telenovela brasileira, deixando clara a influência estrangeira no país e outros aspectos da cultura moçambicana.
Confira algumas fotos da palestra de Carlos Subuhana no Espiral Negra:
Um comentário:
vc é muito inteligente obrigada pela dica
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