“Tem festa na favela, quem quiser pode chegar, chega no miudinho, chegar devagar”. Assim foi mais um Na Rua- Hip Hop em Festa que, dessa vez, aconteceu no bairro de Vila Brasilândia, no último sábado (22/05). Chegamos do jeito que os ensinamentos mais sagrados mandam, no sapatinho, na bola de meia, e assim como respeitamos, também fomos respeitados por todos, sem exceção: trabalhadores do comércio formal e também do informal, as igrejas e os moradores em geral.
Dia de bastante frio, mas assim que o equipamento de som soltou os primeiros graves, as pessoas foram chegando e se esquentando, homens, mulheres e principalmente elas, as crianças. Como previsto, os quatro elementos puderam apresentar seu trabalho, sendo representados no graffiti pelas irmãs do “Lilas” e pelo muleque doido, Canela; na discotecagem quem deu o ritmo da festa foi a Phone Raps, com o parceiro Clevinho, marcando presença e dando show; quem representou a dança de rua foi a rapa do Esquadrão dos Anjos e a Família FK, e para mandar a mensagem com letras de alto calibre chegaram os grupos Beco 13, Graves, Guerrilha, Literatura Suburbana e os irmãos que cantaram embaixo de chuva do Radiographia.
E assim foi mais um dia de levante na periferia de São Paulo, levante que contou com muita boa vontade e compromisso de todos os envolvidos que acompanharam o encontro do início ao fim, todos da Comunidade Cultural Quilombaque, Coletivo Cultural Poesia na Brasa, Projeto Espremedor, Hip Hop NAAÇÃo, o mano do salão de beleza que deixou a gente ligar a energia no salão dele, a mina do brechó que nos emprestou as mesas pra gente montar o equipamento, todos os grupos que somaram com seus trabalhos, enfim todos que estão nesse movimento e fazem o bagulho por amor. Axé pra nóis todos e o corre não para, dia 5 de junho é dia de cinema na Brasilândia, logo menos a gente divulga onde vai ser.
Texto: Sarau na BrasaCrédito fotos: Silvio Luz
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